A importância da proteína para o controle glicêmico diário

A importância da proteína para o controle glicêmico diário

As escolhas alimentares são uma das partes mais importantes no tratamento da diabetes. Isso porque o objetivo primordial é manter a glicose do sangue próxima aos valores da normalidade, ou seja, o controle glicêmico diário. Isso é importante para diminuir o risco de complicações microvasculares e também minimizar as chances de doenças cardiovasculares. 1,2 Mas quais fatores podem reduzir esses picos de glicose no organismo?

Algumas mudanças podem fazer toda a diferença. Algumas medidas saudáveis são grandes aliadas na redução do índice glicêmico. São elas: 1-6

  • Prática de atividades físicas;
  • Inclusão de fibras na alimentação;
  • Escolha de carboidratos de baixo índice glicêmico;
  • Controle do peso;
  • Consumo de proteínas.

Como as proteínas ajudam a diminuir o índice glicêmico? 7,8

Estudos mostraram que comer proteínas antes das refeições com carboidratos, pode melhorar o índice glicêmico da alimentação, principalmente a proteína do soro do leite, mais conhecida como Whey Protein, pois estimula a produção de insulina e diminui o esvaziamento gástrico, diminuindo assim os picos de glicose pós-refeição. Além disso, o consumo de proteínas está associado a um maior controle do peso, que é um dos principais fatores associados ao controle glicêmico.

Proteínas e controle do peso 9,10

O aumento da diabetes nos últimos anos está diretamente relacionado à obesidade e, estudos comprovam que a perda de peso pode prevenir e regredir a doença nos casos de Diabetes tipo 2.10 A maior ingestão de proteínas pode ajudar a pessoa com diabetes no processo de perda de peso:
Aumentando a saciedade;
Aumentando o gasto calórico (termogênese);
Prevenindo a perda de massa muscular durante o emagrecimento.

Quantidade de proteínas na alimentação de pacientes com Diabetes

A ingestão de proteínas para as pessoas com diabetes sem doença renal é de 1-1,5 g/kg de peso corporal/dia ou 15–20% das calorias totais. 1

Porém, um estudo comparando 30% versus 15% de calorias através de proteína, notou melhorias no peso, glicemia de jejum e menor necessidade de insulina no grupo que consumiu 30% de energia da proteína.Por isso, é muito importante garantir uma boa quantidade de proteína diária.

Quais alimentos têm proteínas? 11

As proteínas são encontradas em alimentos de origem animal e vegetal. São eles:

Fontes de proteína animal
Carnes: Aprox. 26g de proteínas a cada 100g;
Ovos: 8g de proteínas por unidade;
Leite e derivados: Aprox. 8g de proteínas por copo ou fatia de queijo.

Fontes de proteína vegetal
Feijão, Lentilha e Grão-de-bico: 5,1g de proteína por concha;
Nozes: Aprox 15g de proteínas por 100g.

Suplementos com Whey Protein também podem ser uma excelente opção para se atingir as necessidades proteicas diárias, podendo ser adicionados a qualquer hora do dia ou adicionados antes das refeições com carboidratos, com o objetivo de diminuir o índice glicêmico da refeição. Associar Whey Protein com fibras é uma opção ainda mais completa para auxiliar no controle da diabetes. 12,13

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Referências:

  1. Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes. Princípios gerais da orientação nutricional na diabetes mellitus. 2017/2018.
  2. Nathan DM, Genuth S, Lachin J, Cleary P, Crofford O et al. The effect of intensive treatment of diabetes on the development and progression of long-term complications in insulin-dependent diabetes mellitus. N Engl J Med. 1993;329(14):977-86.
  3. Hayashi, Cristiane e col. Efeito imediato do exercício físico sobre o comportamento da glicemia no indivíduo diabético do tipo 1 – estudo de caso.
  4. Silva C.A; Lima W.C. Efeito benéfico do exercício físico no controle metabólico da Diabetes Mellitus tipo 2 em curto prazo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, V.46, n.5, SP, out. 2002.
  5. Luger M, Holstein B, Schindler K, Kruschitz R, Ludvik B. Feasibility and efficacy of an isocaloric high-protein vs. standard diet on insulin requirement, body weight and metabolic parameters in patients with type 2 diabetes on insulin therapy. Exp. Clin. Endocrinol Diabetes 2013; 121:286–294.
  6. Hamdy O, Horton ES. Protein content in diabetes nutrition plan. Curr Diab Rep. 2011 Apr;11(2):111-9.
  7. Ma J, Stevens JE, Cukier K, Maddox AF, Wishart JM, Jones KL, Clifton PM, Horowitz M, Rayner CK. Effects of a protein preload on gastric emptying, glycemia, and gut hormones after a carbohydrate meal in diet-controlled type 2 diabetes. Diabetes Care. 2009 Sep.
  8. Trico D, Baldi S, Tulipani A, Frascerra S, Macedo MP, Mari A, et al. Mechanisms through which a small protein and lipid preload improves glucose tolerance.Diabetologia. (2015).
  9. Knowler WC, Barrett-Connor E, Fowler SE, Hamman RF, Lachin JM, Walker EA, Nathan DM; Diabetes Prevention Program Research Group. Reduction in the incidence of type 2 diabetes with lifestyle intervention or metformin. N Engl J Med. 2002 Feb.
  10. Thom G, Messow CM, Leslie WS, Barnes AC, Brosnahan N, McCombie L, Al-Mrabeh A, Zhyzhneuskaya S, Welsh P, Sattar N, Taylor R, Lean MEJ. Predictors of type 2 diabetes remission in the Diabetes Remission Clinical Trial (DiRECT). Diabet Med. 2020.
  11. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO 4ª edição revisada e ampliada Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação – NEPA Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.2011.
  12. Ma J, Stevens JE, Cukier K, Maddox AF, Wishart JM, Jones KL, Clifton PM, Horowitz M, Rayner CK. Effects of a protein preload on gastric emptying, glycemia, and gut hormones after a carbohydrate meal in diet-controlled type 2 diabetes. Diabetes Care. 2009 Sep;32(9):1600-2. 13.
  13. Mello Vanessa D.de, Laaksonen David E. Fibras na dieta: tendências atuais e benefícios à saúde na síndrome metabólica e no diabetes mellitus tipo 2. Arq Bras Endocrinol Metab.2009.
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